Team Work – Até onde o trabalho em equipe é levado a sério?

Team Work

Em determinado momento, todo “airsofter” se vê tentado a aceitar o convite de uma equipe para ampliar o quórum da mesma. as vezes alguns incautos(como eu em 2010! rs) resolvem dar o pontapé inicial e começar do zero o seu projeto. Mas até onde isso é vantajoso?

Começamos a trajetória do CSAR ParaRescue há quase 6 anos. Nem em minha epifania mais inspirada, poderia imaginar o rumo e magnitude que o projeto tomou, mas nem tudo foi cercado de felicidade e glórias, e é justamente esse ponto que  vou abordar hoje

Cara! é igualzinho ao Battlefield!!!

Devido à sua aparência “Belicosa”, o airsoft costuma atrair milhares de curiosos. Todos nós já fomos assim um dia! Alguns desses seres cheio de dúvidas, se tornarão dentro de algum tempo os hiper-mega-ultra-blaster-badass-motherfucker-from-hell-with-lasers-operators que destrincham cada foto, publicação, postagens em busca de mais informações sobre a modalidade, mas também temos o outro lado da moeda…

A curto prazo, um ambiente em equipe é muito cômodo para quem está iniciando, sempre aparece uma AEG extra, é possível tirar milhões de dúvidas numa única tarde sem precisar pesquisar cada site disponível sobre o assunto, sempre rola aquela sessão de fotos com diversos modelos de “armas” diferentes, sem contar o aprendizado tático, pois toda equipe que se preza, treina! Porém, há sempre aquele cara que não avaliou exatamente o que queria, não pesquisou o Modus Operandi da equipe pretendida, então, num passe de mágica, a relação começará a se desgastar!

080404-N-1120L-046 CAMP SHELBY, Miss. (April 4, 2008) Seabees assigned to Naval Mobile Construction Battalion (NMCB) 7 carry fellow Seabees during a training course event. All NMCB-7 commissioned officers and chief petty officers participated in a weeklong field exercise to build teamwork and practical knowledge. U.S. Navy photo by Mass Communication Specialist 2nd Class Michael B. Lavender (Released)
“Ninguém fica para trás!”

Dedicação ininterrupta

Durante as seleções que fazemos anualmente, costumamos dizer “Não buscamos os mais capacitados, e sim aqueles que saibam valorizar o trabalho em equipe e que estejam dispostos a cooperar conosco em busca da evolução do grupo.”

Por mais que o Airsoft não seja uma atividade competitiva no quesito acúmulo de pontos, é indiscutível, que todas as vezes que entramos em “campo” queremos cumprir os objetivos da melhor forma possível! Adentrar o quadro de uma equipe talvez seja a forma mais fácil de ver os resultados acontecerem, a convivência aliada com os treinamentos tornam a capacidade de “Atirar, mover-se e comunicar-se” mais natural.

Mas toda ação tem uma reação! Todo pelotão de infantaria atinge o resultado esperado na preparação de seus Soldados através de treinamento constante. Seria impossível manter a mínima coordenação possível até mesmo nas tarefas mais básicas, sem a repetição. Infelizmente para a maioria de nós, o Airsoft não é uma fonte de renda! É impossível  treinar 4 ou 5 vezes por semana, cuidar das necessidades da família e de quebra, ainda ter tempo para ganhar dinheiro. Fazer parte de uma equipe, exige muito mais do que estar “equipado” e pronto na hora que a simulação começa. Toda a preparação física, ajuste de equipamentos, aquisição de memória muscular devem ser feitas no período extra campo. Levar um pouco do que foi passado na ultima instrução para dentro de casa, se preparar um pouco mais do que o básico e estar apto à buscar melhores resultados quando necessário, é uma boa forma de mostrar respeito, força de vontade e dedicação à sua equipe!

 

Motivação e sintonia

Eu sou a minha equipe!

military+team+work

“Em que nível vocês estão dispostos a participar?”, perguntava. “Todos juntos o tempo todo”, era a única resposta aceitável. – Livro “No Hero”, Mark Owen

Por mais idiota que isso pareça à quem não pertence ao nosso mundo, o Airsoft não é brincadeira! Devo a esse esporte/hobby as maiores loucuras, os eventos mais radicais, as experiências mais fantásticas e não menos importante, as grandes amizades que tenho até hoje!

Toda equipe funciona como um muro de tijolos. Algumas têm pouquíssima atividade extra campo, outras têm uma  infinidade! Sendo assim, cada participante, cada um que se voluntaria a fazer parte de um grupo, tem a obrigação moral de se inteirar de quais são essas atividades e buscar fazer o máximo para ajudar. Somos os tijolos desse muro, quanto maior for a dedicação e o esforço individual, maiores serão os resultados obtidos pelo time! Todos querem participar de uma equipe forte, bem organizada, bem adestrada, com uma agenda eficiente, e é claro, que conquiste a admiração e respeito por onde passe. Todos que levam esse esporte à sério, ficam orgulhosos quando recebem um feedback positivo sobre o trabalho desempenhado, por isso, não encare a sua equipe somente como uma escola, faça parte dela de fato, seja o responsável pelo o resultado que buscam!

Brotherhoodbrotherhood

Certa vez eu e o 1st Class ParaRescue Operator “Wash”Espindola fizemos uma visita à uma Unidade de Operações Especiais, que me darei o direito de não informar qual era! Durante a conversa, o nosso anfitrião nos relatou que o Comandante da Base exigiu que praças e oficiais utilizassem seus respectivos alojamentos, no lugar de dividi-los por equipes, algo costumeiro nesse tipo de Unidade. E então, o mesmo completou, dizendo que mesmo assim, depois de um tempo, as equipes voltavam a dividir os alojamentos como faziam antes da ordem. Mesmo imaginando a resposta, tive que indagar o porquê de questionar a ordem superior, e a resposta, eu levarei comigo por toda a minha vida…

Por que como líder de equipe, eu preciso estar em contato direto com os meus companheiros. Eu preciso saber o que acontece com cada um deles. Se faltar o leite para o filho de um dos meus operadores, ele não estará 100% focado na missão, e isso é o suficiente para causar um desastre!

As palavras não foram exatamente essas mas pude entender o sentimento que diferencia um militar de uma unidade de elite de 99% das pessoas do planeta. E isso se chama COMPROMETIMENTO! Nas unidades convencionais, devido ao enorme efetivo é muito mais complicado para a liderança manter o controle e organização. É compreensível o tipo de divisão praticada, porém a mesma dentro de uma unidade adestrada para operar com pouco, atrás das linhas inimigas, na maioria das vezes em sigilo absoluto, contando com nenhum apoio externo em quase a totalidade de suas missões é extremamente prejudicial!

Eu acho que de toda a inspiração que buscamos nesse tipo de unidade, esse seria o principal valor que deveríamos “copiar”! Além do loadout, das técnicas, táticas, habilidades e disciplina, acho que a capacidade de sobreviver tendo na maior parte do tempo apenas a cobertura dos “companheiros de nado” a primeira inspiração que temos que absorver desses caras!

Mas Bacelar, O que você quis dizer com isso tudo? Parça, se você foi voluntário, se alguém te convidou, se te bateram ou encheram a m*rda do saco até te fazer entrar em uma equipe, vista a p*rra camisa! Nada frustra mais um cara dedicado do que ver os caçadores de patch ou os caras que só procuram a equipe na hora do “oba-oba”! Nunca é perfeito, nem sempre funciona, mas se você tem consciência de que algo poderia ser melhor, corra atrás de mudar isso! E se não conseguir fazê-lo, encha o saco até que os responsáveis o façam! Se no final das contas não der certo, só não saia com a consciência pesada, ou por ter sido um peso morto, ou por não ter feito nada para alterar esse destino!

Até a próxima, é um enorme prazer voltar a dividir esse espaço com vocês!!!

LimaBravo

PS: Gostaria de dedicar essa postagem ao meu grande amigo, irmão e co-fundador do CSAR ParaRescue, Eduardo Santos. Um cara que me ensinou um monte, já aturou poucas e boas da minha parte e junto comigo, mas que desde o primeiro dia está ali, mantendo as 06 horas coberta! Obrigado de verdade irmão!!!

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